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03 de junho de 2017

O inusitado início do cristianismo

1 Coríntios 1.26

Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento. (v. 26)
Assim, Cristo inicia seu reino por meio de leigos que não tinham instrução alguma e simples pecadores que não tinham estudado as Escrituras Sagradas. Parece absurdo que a igreja cristã começou com aqueles pobres coitados e com a escandalosa pregação de Jesus de Nazaré, crucificado, ridicularizado, cuspido, caluniado, maltratado de modo mais vergonhoso e, afinal, pregado na cruz e morto como agitador e blasfemo, como indica o letreiro no alto da cruz: “Jesus Nazareno, o rei dos judeus”. No dia de Pentecostes prega-se publicamente a respeito desse Jesus. Os apóstolos dizem que Jesus foi vítima de violência e injustiça; que os que o crucificaram e mataram são diabos e inimigos de Deus, pecando gravemente e provocando a terrível ira de Deus. E por meio desta pregação começa o reino de Cristo e a igreja cristã. É uma coragem admirável que demonstram os apóstolos e discípulos, e um grande consolo poderem pregar publicamente a respeito de Cristo no dia de Pentecostes. Quem mais seria tão corajoso e pregaria como eles pregaram? E em que consistem esta força e poder? Na palavra e no Espírito. Veja só o poder que Pedro tem! E não somente Pedro, mas também os demais. Como estão convictos do que dizem! Com que autoridade manejam as Escrituras, como se as tivessem escrito durante cem mil anos e assimilado perfeitamente! Eu não saberia manejar as Escrituras com tanta segurança, embora seja doutor nas Escrituras Sagradas. E aqueles são pecadores que tinham lido as Escrituras. Assim, o cristianismo começou com a pregação de pobres pescadores, e por meio da pobre e desprezada obra de Deus, Jesus de Nazaré, pendurado na cruz. M. Lutero