Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies, termos e políticas do site. Leia mais. ACEITAR

24 de junho de 2017

Força na fraqueza

Joel 3.9-17

Diga o fraco: Eu sou forte. (v. 10)
Quando Deus age por intermédio das criaturas, percebe-se onde há poder ou fraqueza. Quando, por exemplo, um príncipe ganha a guerra, Deus derrotou os outros por meio dele; se alguém é devorado pelo lobo, isso se realizou por intermédio da criatura. É dessa forma que Deus faz ou destrói uma criatura por meio das outras. Quando, porém, ele próprio age por meio de seu braço, as coisas estão destruídas antes que alguém se dê conta disso, e ninguém o percebe. Estas obras ele realiza somente entre as duas categorias de pessoas do mundo, os piedosos e os maus. Permite que os piedosos se tornem impotentes e sejam oprimidos, de modo que todos pensam que estão acabados. Justamente então, porém, está presente da maneira mais poderosa, de forma tão oculta e secreta, que nem mesmo aqueles que sofrem opressão o percebem, mas o creem. Aí está presente o pleno poder de Deus e todo seu braço. Pois onde o poder do homem chega ao fim, apresenta-se o poder de Deus quando existe fé e quando a fé o espera. Passada a opressão, evidencia-se que força estava oculta na fraqueza. Assim Cristo estava impotente na cruz, e justamente ali demonstrou o maior poder: venceu o pecado, a morte, o mundo, o inferno, o diabo e todo o mal. Neste sentido foram fortes os mártires e venceram, e da mesma forma são vencedores ainda hoje os sofredores e oprimidos. Por essa razão diz Joel 3.10: “Quem é fraco diga: sou forte”, no entanto, na fé, sem que o sinta até que chegue ao fim. Por sua vez Deus permite que a outra categoria de pessoas se apresente grande e poderosa. Subtrai delas sua força e permite que se inflem apenas com sua própria força. Pois, onde entra força humana, a força de Deus se retira. Quando a bolha está bem inchada e todos pensam que venceram, Deus fura a bolha de água, como se nunca tivesse existido. M. Lutero