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01 de fevereiro de 2007

Responde-me, Senhor, pois compassiva é a tua graça

Salmo 69.17-37

Amável e boa é a misericórdia de Deus para aqueles que sentem a amargura e a maldade de seu pecado. Aos que, porém, ainda não sentem sua miséria e vivem satisfeitos, a misericórdia de Deus não é boa, mas lhes é inútil. Eles têm nojo dela. Pois a grandeza e quantidade da misericórdia de Deus e nossa miséria no afastamento dele relacionam-se uma om a outra, de sorte que não é grande a graça quando não são bem grandes os pecados e a perdição. Por isso, Deus envia tribulações aos santos e lhes causa amargura, de maneira que a si próprios se tornam amargos, para que Deus se lhes torne doce. Isso pode acontecer quer por meio de perseguições de fora, quer por angústias de dentro. Por conseguinte, ninguém experimenta a doçura da misericórdia de Deus a não ser aquele que sente o amargor em si mesmo e que necessita uma doçura de fora. Digo isso àqueles que gostam de ufanar-se no bem-estar espiritual e desprezam a outros. Destarte temos que ser sempre amargos a nós mesmos, porque sempre estamos cheios de miséria. Por isso, nada mais tolo do que quando alguém pensa que começou a ser algo, agradando a si mesmo e tornando-se doce. Pois assim despreza a doçura da misericórdia de Deus. Do mesmo modo, a ninguém aproveita a riqueza da misericórdia quando antes não foi muito miserável. Na verdade, todos são miseráveis, mas nem todos o reconhecem. Por isso tornam-se mornos, não são nem quentes nem frios, porque têm prazerem si mesmos. (Apocalipse 3.17)