Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies, termos e políticas do site. Leia mais. ACEITAR

01 de março de 2015

Comércio religioso

João 2.13-22

Então ele fez um chicote de cordas e expulsou toda aquela gente dali e também as ovelhas e os bois. Virou as mesas dos que trocavam dinheiro, e as moedas se espalharam pelo chão. (v. 15)
A expulsão dos comerciantes e cambistas do Templo em Jerusalém desagradou autoridades religiosas. Com sua própria moeda e taxa de câmbio elevada, no pátio central do Templo, um “camelódromo” lucrativo vendia souvenirs religiosos e animais para servirem de sacrifícios a Deus. O poder público fazia vista grossa, pois, respeitando os abusos do poder religioso, recebia em troca a sua lealdade e submissão. Ter a religião como porta para explorar o povo é uma prática atual. Em muitos espaços religiosos, o nome de Deus é usado para a venda de falsos milagres e prosperidades enganosas. Líderes acham-se donos da fé, transformando o cristão em cliente e Deus num atendente de balcão. Quando Cristo ordenou: "Parem de fazer da casa do meu Pai um mercado!" (v. 16), ele criticou aqueles que acreditavam poder utilizar a fé do povo como produto de troca para a salvação, a prosperidade ou a cura. Sacrifícios superficiais e promessas enganosas revelam uma mentalidade mesquinha e egoísta. Lutero condenou essa prática inútil quando falou contra a venda de indulgências. A graça de Deus não é comprada ou negociada. Ela é dádiva, gratuita. Propagandas contrárias são prisões criadas por líderes hipócritas. Neste tempo de Quaresma, Cristo é o maior sacrifício pelos nossos pecados. Nele o cristão encontra a liberdade, a autenticidade da fé e é afastado das correntes do mal.