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17 de junho de 2017

Amor verdadeiro

João 13.31-34

Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. (v. 34)
Se escolho uma ou duas pessoas que me agradam e fazem o que quero, e sou amável e favorável a elas e a mais ninguém, isto nem de longe é amor. Isto é o que se chama de amor tacanho, que não vem de um coração puro, mas é pura sujeira. Pois de coração puro é assim que ele funciona: Deus me ordenou que devo ter amor pelo próximo e ser favorável a todos, amigos ou inimigos, assim como procede nosso Pai celeste, fazendo o seu sol levantar-se e brilhar sobre bons e maus (Mateus 5.45). Da mesma forma faz chover sobre gratos e ingratos, proporcionando toda sorte de produtos da terra, dinheiro e bens, inclusive aos piores malvados sobre a terra. Por que faz isso? Única e exclusivamente por amor, do qual seu coração está repleto e mais do que repleto, e que derrama tão prodigamente sobre todos, sem excetuar a ninguém, seja bom ou mau, digno ou indigno. Amor verdadeiro, divino, inteiro e completo é o que não faz exceção, nem se divide ou fragmenta, mas é dirigido livremente a todos. O outro é um amor perverso, quando tenho amizade por aquele que me serve e pode me ajudar e me prestigia, enquanto odeio aquele que me despreza e não está do meu lado; pois esse amor não vem do fundo de um coração fundamentalmente bom e puro, que trata um como o outro; é um amor que apenas busca a própria vantagem e está cheio de amor para consigo próprio, e não para com outros; pois não ama a ninguém a não ser em causa própria, buscando apenas o que lhe serve, seu próprio proveito junto a cada pessoa, e não o proveito do próximo. Um coração puro, por sua vez, deve seguir a Palavra de Deus e seu exemplo de tal maneira que conceda e faça a cada um o que há de mais caro e melhor, o que lhe concede Deus e seu amor divino. M. Lutero