Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies, termos e políticas do site. Leia mais. ACEITAR

02 de novembro de 2017

Nosso medo da morte

Hebreus 10.19-22

Aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura. (v. 22)

 

Quem não tem medo da morte, do juízo, do inferno? Pois, por mais santa que seja uma pessoa, nela há restos do velho ser e do pecado. Esse velho ser é desespero, horror da morte. O medo da morte é justamente a consciência má e inquieta por causa da falta de fé. Pois nenhuma consciência é medrosa exceto a consciência que é ou vazia ou imperfeita em termos de fé. Pois assim diz também o apóstolo: “O sangue de Cristo liberta nossas consciências de obras mortas” (Hebreus 9.14). E em Hebreus 10.22: “Com os corações purificados de uma má consciência na plenitude da fé”. Numa palavra: se posso provar que a causa do horror e do medo na hora da morte é a falta de confiança e que, por outro lado, a causa da segurança é a fé, creio que está provado, ao mesmo tempo, que quem morre em fé imperfeita necessariamente tem medo e horror. Lemos no Evangelho que a falta de confiança é a causa de terror, desespero, condenação. Em primeiro lugar, quando Pedro ordena ao Senhor que se afaste dele, dizendo: “Porque eu sou um ser humano pecador” (Lucas 5.8); em segundo lugar, quando começou a afundar por causa de sua pequena fé (Mateus 14.30); em terceiro lugar, quando os discípulos quiseram clamar por causa da perturbação, pois achavam que Cristo, que andava sobre o mar, era um fantasma; em quarto lugar, quando, perturbados, acreditavam estar vendo um espírito, na ocasião em que Cristo entrou até eles através das portas fechadas. Em todos esses casos se mostra que a falta de confiança é a causa do temor e do horror. Logo, toda perturbação provém da falta de confiança; toda segurança, da confiança em Deus; a confiança, porém, provém do amor, pois é necessário que te agrade aquele em quem confias. M. Lutero