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01 de junho de 2006

Alegria na provação

Pedro-I 1.3-9

Aqui, o apóstolo descreve a vida dos cristãos no mundo. Diante de Deus, no céu, são filhos amados, e têm garantidas a herança celestial eterna e a salvação. Mas, no mundo, não apenas sentem tristeza, aflição e abandono, mas são, igualmente, alvo de toda sorte de provações da parte do mundo mau e do diabo. Qual é a sua culpa? Seu maior “pecado” é este: crêem em Cristo e louvam e exaltam a inefável bondade de Deus, manifestada a todo o mundo através de Cristo, a saber, que só ele pode remir do pecado e da morte, tornar o homem justo e santo. Além disso, crêem que a razão humana não pode, através de sua livre vontade, força, boas obras, etc., preparar-se para a graça, muito menos, merecer a vida eterna. Com todo seu pensar e agir, por mais grandioso e glorioso que seja, não pode reconciliar a Deus. Pode-se, apenas, aumentar sua ira. Pois fazem tudo isso, sem e, até mesmo, contra a palavra e o mandamento de Deus, abandonando e desprezando o que ele prometeu e ordenou, e escolhendo alguma coisa especial, inventada por eles próprios. E aí a coisa pega fogo, pois o mundo não quer e não pode tolerar que a gente censure e condene suas boas opiniões, obras grandiosas, etc., como coisa que nada valem diante de Deus. E, então, passa a perseguir e a estrangular aqueles que pregam a palavra e, por cima, ainda julgam estar prestando serviço a Deus. Por isso, a fé não é um pensamento sonolento dentro do coração. Ao contrário, quem tem fé, fala e confessa o que sente no coração. E esta é a causa de sua desgraça. Por isso, São Pedro diz: “Embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados”. Assim, ele reúne a fé, a esperança e a santa cruz, pois um deriva do outro.