Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies, termos e políticas do site. Leia mais. ACEITAR

10 de janeiro de 2004

VOCAÇÃO E ELEIÇÃO

Mateus 20.1-16

O evangelho se dirige àqueles que pensam serem os primeiros perante Deus. por isso usa termos corajosos e atinge gente graúda, e chega a apavorar inclusive os maiores santos. Por essa razão, Cristo também confronta com eles os próprios apóstolos. Pois nesse círculo pode acontecer que alguém que seja pobre perante o mundo, fraco, desprezado, sofrendo, inclusive, um pouco por amor de Deus, sem nenhum sinal de ser alguma coisa, ainda assim, no coração e em secreto, se agrade muito a si mesmo, julgando-se o primeiro perante Deus, e vindo assim a ser o último. E, por outro lado, há quem seja tão tímido e retraído, julgando ser o último perante Deus, ainda que tenha dinheiro, honra e bens perante o mundo, sendo, porém, assim, o primeiro. Eis, portanto, o resumo desse evangelho: Ninguém está tão elevado, nem atingirá um ponto tão alto, que não tivesse que temer de vir a ser o mais baixo. Por outro lado: Ninguém está tão baixo ou pode cair tão fundo, que não pudesse ter a esperança de vir a ser o primeiro. Aqui fica eliminado todo e qualquer mérito e se glorifica unicamente a bondade de Deus... Ao dizer: “Os primeiros serão últimos”, Jesus tira de você toda a arrogância e lhe proíbe elevar-se mesmo acima de uma meretriz, ainda que você seja Abraão, Davi, Pedro ou Paulo. Mas, quando diz: “Os últimos serão primeiros”, proíbe-lhe também todo desespero e que jamais se considere inferior a qualquer um dos santos, ainda que você seja Pilatos, Herodes, Sodoma e Gomorra.