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03 de fevereiro de 2004

MANTENHA A FÉ

Timóteo-I 1.18-20

Quando se trata da diversidade de pecados que continuam dentro dos santos, nesta vida, não devemos voltar os nossos olhos para a secreta eleição, ou providência, ou predestinação, como também é chamada. Pois as discussões em torno disso só levam à dúvida, à autoconfiança ou ao desespero. Se você é eleito, assim se argumenta, nenhuma queda pode fazer-lhe mal, e você permanece sempre na graça, e não pode perecer. Se você não foi eleito, seu caso está perdido. Essas são palavras terríveis, e é injusto fazer com que alguém pense assim. O evangelho, ao contrário, nos aponta a palavra expressa de Deus, na qual ele revela sua vontade e por meio da qual ele deseja ser conhecido e agir. É indiscutível que a palavra de Deus castiga os pecados e faz distinção de pecados e nos aponta o Salvador Jesus Cristo. Esta palavra expressa deve ser levada em conta e por meio dela devemos chegar à conclusão se estamos na graça ou não. Pois onde existe fé, ali também deve haver boa consciência. É totalmente impossível que estas duas coisas existam lado a lado: a fé que confia em Deus e os maus propósitos, ou, como também se diz, a má consciência. A fé e a invocação de Deus são coisas muito sensíveis, e pode, facilmente, uma pequena ferida da consciência abalar a fé e a invocação, situação muito freqüente de todo cristão experimentado. Portanto, onde existe fé e boa consciência, ali, certamente, habita o Espírito Santo. Todavia, essa confiança não se baseia em nossa dignidade pessoal ou numa boa consciência, e sim, em Cristo. Disso que conclui que estamos no estado da graça por causa de Cristo, devido a sua promessa. E assim pode haver verdadeira invocação, como escreve São João: “Se o nosso coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus; e aquilo que pedimos, dele recebemos” (1 João 3,21,22).