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15 de dezembro de 2003

UMA MÃO PARA SEGURAR

Isaías 41.8-14

Há muitas situações na vida em que parecemos afundar em nossos problemas como num banco de areia movediça. Quanto mais nos esforçamos para sair do sufoco, mais o chão parece desaparecer debaixo de nós, trazendo como resultado o efeito contrário daquilo que tanto buscamos. Israel experimentou isso muitas vezes. Um povo “pequeno e fraquinho” (v. 14), que tantas vezes tentou arrancar-se do meio do lodo pelos próprios cabelos, aprendeu a lição a duras penas: o auto-salvamento não funciona. Saímos do sufoco somente confiando em Deus. “Eu sou o Eterno, o Deus de vocês; eu os seguro pela mão e lhes digo: ‘Não fiquem com medo, pois eu os ajudo’” (v. 13). Esta foi a solução para o povo de Israel e é, também, a única proposta da fé cristã. Assim que admitimos nosso insucesso na luta contra os nossos próprios males, forças inacreditáveis parecem acender-se dentro de nós. É a esperança que vem forte e nos empurra para frente. A esperança é uma mão estendida em nossa direção. Miguelângelo tinha razão: a única imagem razoável de Deus só pode ser a de uma mão estendida ao homem no ato da criação. É a mão estendida de Deus que nos salva. Foi esta mão que sempre recolheu o povo de Israel. Foi esta mão que conduziu muitos através da história. É a mesma mão estendida a toda a humanidade através de Cristo. Advento é tempo de esticarmos nossas mãos, cheias do lodo que nos sufoca, na direção da mão-esperança, o próprio Deus estendido em nossa direção, afagando nossas cabeças e nos dizendo para não nos apavorarmos.