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17 de novembro de 2003

DINHEIRO E FÉ

Marcos 12.41-44

Dinheiro é um elemento básico na nossa vida. Ele faz parte do “pão”, daquilo que necessitamos diariamente para viver. Na interpretação do Pai nosso, Lutero diz que “pão” é também terra, liberdade, paz, relações familiares e sociais justas e um bom governo que possibilite que todas as pessoas tenham acesso ao pão. Se, com o nosso dinheiro, pagamos impostos, contribuímos para a Igreja, então participamos de processos de (re)distribuição de renda e colaboramos para que mais gente tenha acesso ao “pão nosso de cada dia”. Mas é necessário também controlar o destino desse dinheiro. Jesus falava de dinheiro como falava de saúde, de família, de discipulado. A ele importava o uso do dinheiro: acúmulo e avareza eram criticados (Lucas 12.16-21); partilha e diaconia eram elogiadas e dignas de imitação (Lucas 10.34-37). O dinheiro é expressão da graça de Deus quando ele serve à vida, quando está a serviço do Reino de Deus. E isso se dá na partilha, em gestos de misericórdia e em planejamentos participativos. Jesus observava o que se passava junto às caixas de oferta. Os ricos davam restos que não lhes faziam falta. A viúva deu mais do que todos juntos, porque deu tudo que tinha, deu a sua vida. Dar a vida é colocar-se confiantemente sob a graça de Deus. Jesus avalia o valor da oferta a partir daquilo que ela significa para mim. Na dinâmica do Reino, a ação da viúva pobre questiona a prática da esmola. Esta viúva nos desafia, porque questiona a forma de viver que se prende ao dinheiro, e não ao Reino de Deus.