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01 de setembro de 2003

CRISTO, CENTRO DAS ESCRITURAS

Josué 24.1-2,13-18

Martim Lutero afirmou que toda a Sagrada Escritura aponta para Cristo. Para que essa idéia permaneça presente em nossa compreensão bíblica, é bom, de vez em quando, fazer o exercício de descobrir onde Cristo está presente nas Sagradas Escrituras. O texto proposto, por ser do Antigo Testamento, pode tornar a tarefa ainda mais interessante. A história é conhecida. Josué, ao despedir-se das tribos de Israel, reunidas em Siquém, profere a sua confissão de fé: “... eu e minha família serviremos ao Deus Eterno” (v. 15). A escolha do servo de Deus e sua justificativa são apresentadas ao povo de forma livre, como um testemunho de sua convicção. Sua posição de líder não o autoriza a impor escolhas existenciais aos demais. Este testemunho de fé, proferido de forma clara e simples, assinala a verdade do Evangelho e, por conseguinte, o cerne da proposta cristã. Quem crê em Cristo e, em conseqüência, assume o mandamento do amor em todas as esferas de sua vida, não tem como impor credos, escolhas ou decisões. O povo, por sua vez, responde a Josué com uma clara demonstração de gratidão a este mesmo Deus que os acompanha, e justifica, assim, a sua escolha de segui-lo. É na liberdade que se enxerga o rosto de Cristo, é no amor que se experimenta o Evangelho. Quando se mexe nas brasas, o fogo nasce de novo e mais intenso. Uma breve busca por sinais do Evangelho de Jesus Cristo nos primeiros livros da Bíblia, pode nos ajudar a entender a complexidade e, também, a simplicidade daquilo que Deus tem a nos propor.