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04 de março de 2004

EIS QUE SUBIMOS PARA JERUSALÉM

Lucas 18.31-34

Para entender a paixão de Cristo não basta entender seu sofrimento. É preciso compreender também seu coração e vontade de sofrer. Pois quem contempla o sofrimento de Cristo e não encontra nele a vontade e o coração de Jesus, esse certamente irá assustar-se em vez de se alegrar. Quando, porém, se vê na paixão seu coração e vontade, termos nele verdadeira consolação, esperança e amor a Cristo. Sua disposição para sofrer, Jesus também a revela nesse evangelho quando anuncia antecipadamente a decisão de subir para Jerusalém, para deixar crucificar-se, como para dizer: Vejam meu coração e observem que o faço espontaneamente, sem constrangimento e de boa vontade. Assim, não irão assustar-se nem ficarão apavorados quando as coisas irão acontecer e quando pensarem que o faço contra minha vontade, por imposição, como se estivesse abandonado e como se os judeus o fizessem por seu poder. Os discípulos, porém, não entenderam tais palavras, e a palavra lhes ficou encoberta. Isso vale dizer: Razão, carne e sangue não podem entender que a Escritura possa afirmar que o Filho do homem tenha que morrer na cruz. Muito menos poderá entender que isso possa ser sua vontade e que o faz de boa vontade. Pois é uma coisa maravilhosa que o Filho do homem seja crucificado, e que o faz de boa vontade, para cumprir as Escrituras, ou seja, a nossa favor. Isso é um mistério e continuará sendo um mistério.