No nosso encontro de pessoas da terceira idade reúnem-se, mensalmente, em torno de 70 pessoas. Numa das reuniões, duas irmãs trouxeram a sua mãe, muito idosa. Ela veio encurvada e tímida. Seu olhar estava inseguro, como se perguntasse: Será que essas pessoas vão me aceitar no seu meio? Eu conhecia a senhora de uma visita que lhe fizera. Ela me contara que a sua vida não fora a dos seus sonhos. Houve um tempo, em que fora alvo de comentários no povoado. Agora, estava envergonhada e sentia-se culpada. Não tinha coragem de freqüentar o grupo. Por isso, pedi às suas filhas que a trouxessem à reunião. Quando ela entrou no salão, eu percebi um murmúrio. Então, fui ao seu encontro e abracei-a. De propósito, fiz a meditação sentado ao lado dela. Li Romanos 5.1-5. Depois, falei ao grupo: “Como podemos ouvir da Carta de Paulo aos Romanos, Deus aceita cada uma e cada um de nós, não porque nós somos bons e fazemos tudo certo, mas porque ele é bom. Se tivemos algum pecado para acertar com Deus, ele mesmo já acertou tudo na cruz de Jesus Cristo. O melhor que podemos fazer é, simplesmente, confiar que Deus já fez as pazes conosco e que ele nos aceita na sua graça. Quando a fé nos ajuda a confiar nessa bondade de Deus, podemos experimentar o seu perdão e a sua aceitação”. Pedi, então, que todas as pessoas que estavam na reunião se abraçassem, para mostrar que também nós nos aceitamos uns aos outros. Na continuação do encontro, parecia-me que os ombros da idosa senhora estavam menos encurvados e o seu olhar mais confiante.