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01 de novembro de 2002

PROTEÇÃO NA ANGÚSTIA

Apocalipse 11.1-2

Minha esposa e eu decidimos gradear o nosso terreno. Tomamos esta medida para nos protegermos, mesmo sabendo que isto não acaba com a violência e com os assaltos. Estamos conscientes, também, de que não temos o direito de pensarmos só em nós. Fora dos muros e das grades, o “mundo cão” continua. Mas nós, que estamos do lado de dentro, nos sentimos mais seguros. Uso esta ilustração para explicar a visão que o texto de referência está propondo. O autor do Apocalipse recebe a missão de medir e delimitar o espaço do templo. Além de estabelecer os limites, cabe-lhe contar os que estão dentro dele, adorando a Deus. Não importa o número dos que estão do lado de fora. O templo, na Bíblia, é símbolo para um espaço que pertence a Deus, onde ele manda e as pessoas se sentem protegidas e acolhidas pelo Pai. E esta é a mensagem que o texto de referência nos deixa: quem está do “lado de dentro”, quem tem fé, pertence a Deus e, conseqüentemente, nesta fé, pode ter certeza de que não está sozinho e abandonado, mesmo que lá fora, no mundo, a violência continue rugindo. O que o autor do Apocalipse escreveu aos leitores da sua época, no final do século I, marcado por sangrentas perseguições, vale também para nós: não importa a intensidade das nossas angústias e das nossas dores, que podem durar muito tempo. A nossa fé é como a grade que delimita o nosso terreno ou o templo que nos protege. Se pertencemos a Deus, nada nos pode destruir. “Se inúmeros demônios vêm, querendo exterminar-nos: Sem medo estamos, pois não têm poder de superar-nos” (Lutero).