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10 de outubro de 2005

Por que fazer o bem é tão extraordinário?

Lucas 17.1-10

A pessoa honesta, que faz o bem, é considerada extraordinária. Seus atos parecem algo fora do comum. Por outro lado, a pessoa desonesta, a que rouba, pratica violência, comete toda sorte de injustiças, sonega impostos... é vista como padrão. Dificilmente alguém se indigna com quem pratica tais atos. É inevitável que ocorram escândalos e sejam cometidos atos que requerem perdão, mas não devemos nos conformar com isso. Também não podemos padronizá-los como se fossem a regra. Eles sempre devem ser exceção. Em contrapartida, não podemos encarar a prática do bem, a vivência da justiça e da solidariedade como algo excepcional, merecedor de medalhas e louvores. Praticar o bem é apenas o nosso dever de cristãos. Ou, como diz Jesus, é nossa obrigação como servos de Deus. Depois de havermos feito tudo o que estiver ao nosso alcance para promover a justiça, a paz e o amor, devemos estar conscientes de que nada fizemos além do nosso dever. É o mínimo que o Senhor espera de nós. Em verdade, ele requer que façamos muito mais do que o mínimo, a ponto de chamar de “incapazes” ou “inúteis” aqueles servos que cumprem apenas o seu dever. E, pelo jeito que o mundo está, nem mesmo isso estamos fazendo. A fé nos estimula a fazer muito mais do que apenas o nosso dever. Um grãozinho de fé já é suficiente para produzir bem mais do que o feijão com arroz da justiça e do bem. Ele pode oferecer ao Senhor o banquete da comunhão fraterna e solidária, do amor abnegado e da esperança contra todas as aparências, já neste mundo.