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01 de abril de 2004

APLAUSOS E VAIAS

João 12.12-19

Milagres impressionam. A promessa ou a expectativa de curas, milagres e benefícios conseguem mobilizar verdadeiras multidões. Alguns arranjam força e dinheiro para fazer longas viagens em busca de santuários e lugares pretensamente milagrosos. Outros deixam-se ludibriar e buscam novas maneiras de se relacionar com Deus, tentando trocar dinheiro por bênçãos. Tudo na esperança de conseguir algum benefício pessoal, cura, prosperidade e sucesso. Todos agem com grande entusiasmo e ostensivas demonstrações de fé. A exemplo do texto bíblico acima, todos saem ao encontro de Jesus com ramos de palmeiras, gritando: “Glória a Deus!” (v. 13). O texto também deixa claro que a motivação de tanto entusiasmo era o fato de Jesus ter feito um milagre (ressurreição de Lázaro) e a expectativa de novos milagres. À medida que as coisas foram mudando, também foi mudando a atitude para com Jesus. Quando os milagres não aconteceram mais, os aplausos diminuíram; quando Jesus deixou claro que seu objetivo era diferente do que o povo queria, os aplausos silenciaram. E quando Jesus, para cumprir sua missão, deixou-se prender e julgar, o povo se revoltou. As vozes que clamavam “glória a Deus!” agora urravam “morra! crucifique!” (João 19.15). Estamos iniciando a Semana da Paixão. Precisamos lembrar que a paixão e a morte foram a principal – senão única – missão de Jesus. Os milagres, embora importantes, foram circunstanciais. O sofrimento e a morte de Jesus foram essenciais para nossa salvação.