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01 de julho de 2004

Sua ida ao Pai

João 16.1-7

Essa expressão, “vou para junto do Pai”, compreende toda a obra de nossa redenção e salvação, para a qual o Filho de Deus foi mandado do céu e que ele realizou e continua realizando a nosso favor até o fim, a saber: seu sofrimento, morte e ressurreição e todo seu reino na igreja. Pois essa ida ao Pai outra coisa não é senão que ele dá a si mesmo em sacrifício para efetuar pagamento pelos pecados por meio do derramamento de seu sangue e sua morte. E, depois disso, em sua ressurreição, sai vitorioso e tem domínio sobre o pecado, a morte e o inferno; e, vivo, se assenta à direita do Pai, onde, de forma invisível, governa sobre tudo que há nos céus e na terra; e, por meio da pregação do evangelho, congrega e estende sua cristandade e, qual mediador eterno e sumo sacerdote, representa os crentes junto ao Pai e por eles intercede, pois esses ainda se acham em meio a fraqueza e pecado. Além disso, ele concede a força e o poder do Espírito Santo, para que o pecado, o diabo e a morte possam ser vencidos. Veja, esta é a justiça dos cristãos diante de Deus: Cristo vai para junto do Pai, ou seja, sofre por nós, ressuscita e, assim, nos reconcilia como o Pai, de sorte que, por sua causa, temos perdão dos pecados e graça. Nada disso é obra ou mérito nosso, mas tão-somente sua ida para junto do Pai a nosso favor. Essa é uma justiça alheia (que não foi conseguida, merecida, e que nem poderia Ter sido merecida por nós), dada e atribuída a nós, para que seja nossa justiça, por meio da qual somos agradáveis a Deus e filhos queridos e herdeiros seus.